Mais

    A FIMS 2021

    O que podemos dizer de um evento que já está na sua quinta edição? Muita coisa. Muito do que já passou, do que já vivemos, das trocas já realizadas, dos artistas e festivais que passaram pela nossa programação, dados, números… Já são mais de 100 apresentações no total, mais de 1.000 reuniões realizadas e muita coisa que reverberou pra muita gente a partir desses encontros. Muita história desde 2016, mas mesmo assim não paramos de ser surpreendidos.

    Foto: Nicolas Pedrozo Salazar

    Estamos sendo vítimas de uma tragédia sem precedentes, que poderia ter sido um pouco minimizada não fosse a negligência de muitos. A cultura e a música pararam. Mas não pararam. Em 2020 vários eventos conseguiram realizar, a duras penas, apresentações e propuseram formatos online e a FIMS também foi um deles. Com muita dificuldade (só quem estava junto sabe) conseguimos realizar encontros online, palestras, mesas, rodadas de negócios e showcases. E esse ano, na quinta edição, estamos desde junho fazendo encontros, pois acreditamos que não podemos mesmo parar. E não vamos. Fizemos um festival, um curso de capacitação, além de um estudo de caso com dados e números para artistas poderem compreender um pouco melhor o seu lugar dentro das plataformas e das redes. Realizamos um levantamento de várias rádios no país que estavam dispostas a renovar sua programação com artistas que passaram pelos nossos palcos. Depois de tudo isso acontecer de forma online, ser um dos primeiros eventos presenciais em quase dois anos é um desafio enorme. É tão desafiador quanto gratificante. E não somente nesta Conferência em Curitiba, mas realizar uma etapa preparatória, uma seletiva no interior do Paraná, em Pato Branco, fez com que a gente se aproximasse ainda mais de uma cena diferente. Aliás, de várias cenas que ainda acabam ficando à margem de um ou mais supostos grandes centros. Será que existe isso ainda? Não sei. 

    O que pude perceber é que a FIMS não se preocupa com isso. Estamos dispostos a ir a diversos lugares em uma busca incessante e às vezes até quixotesca por uma aproximação. Ainda mais espalhando nossas ações ao longo do ano. Essa é uma vontade antiga, que conseguimos realizar nesta edição. Construir pontes e destruir muros. Eu acho que esse é o principal do que procuramos fazer e transmitir. No encerramento desse ano tão difícil (que mais parece uma extensão de 2020) propomos um encontro presencial, que acontece não só em dois espaços importantes da cidade como o Portão Cultural e o Cine Passeio, mas que também se espalha por vários outros lugares. Esperamos que essa reunião, ainda tímida se comparada ao que gostaríamos de fazer e que não podemos pois precisamos seguir os protocolos de segurança, possa ser um símbolo de um novo ciclo, de um novo normal. A FIMS continua de pé e vai ser sempre um espaço onde a música se encontra para também continuar de pé e apesar de quem quer que seja, conseguir enxergar um outro dia, sempre.

    Previous articleZudizilla em processo
    Next articleDentro Ali